Metal Kaoz recentemente conduziu uma entrevista com o ex-vocalista do Nightwish, Tarja Turunen.

Na entrevista perguntaram se ela tem sido abordada para regressar ao Nightwish após a saída do vocalista Anette Olzon em setembro passado, Tarja disse: "eu acho que isso nunca irá acontecer. Duvido muito a sério — profundamente, profundamente duvido que vai acontecer, porque muitas coisas mudaram. Eu estou em um lugar muito bom no momento. Eu sou feliz, saudável, eu não estou olhando para trás — só estou caminhando para alguns tipo de sonhos meus e vivendo meus sonhos. Então eu acho que é melhor assim."

Ela acrescentou: "eu entendo completamente [fãs que sempre fazem aquela pergunta], e eu sinto por essas pessoas. Mas a vida é difícil às vezes - bem difícil - as pessoas mudam também. Mas, você sabe... É difícil."

Turunen, que atualmente reside em Buenos Aires, Argentina, com seu marido e empresário, Marcelo Cabuli, esteve no Nightwish de 1996 até 2005.

Marcelo Cabuli e seus parceiros de negócios em 2011 exigiam cerca de 100.000 euros (aproximadamente $135.000) em danos de difamação das partes atrás de "Once Upon a Nightwish: A biografia oficial 1996-2006". Os nomeados no processo eram a editora Kustannus Oy e autor do livro, Marko "Mape" Ollila. Cabuli e seus sócios brasileiros alegaram que o livro inclui falsas acusações e insinuações que lhes causaram problemas financeiros e sofrimento.

O livro, que foi publicado em finlandês, em 2006 e em Inglês três anos depois, culpa Cabuli pelos eventos que levaram à expulsão dramática de Turunen da banda no final de 2005.

O Tribunal decidiu que o livro — que critica Cabuli em algumas das suas 380 páginas — prejudicialmente não afetou seu trabalho ou reputação na América do Sul. Além disso, o Tribunal determinou que Ollila não retratou maliciosamente Cabuli de forma negativa.

Turunen foi demitida do Nightwish, um ano antes que o livro foi publicado.

(Audio original da entrevista pode ser encontrado aqui

"Você está me ouvindo bem?" pergunta Tarja, por telefone, e o apresentador começa a entrevista dizendo: sim, como em todos os shows!"
A Finlandesa então conta que está em uma Ilha no Caribe, trabalhando em seu projeto Outlanders. "Talvez estas músicas nunca sejam lançadas, estou gravando por diversão". Ela conta que foi assim que conheceu Mike Oldfield, através de contatos na música eletrônica.

Sobre o novo álbum, Tarja diz que está esperando neste momento receber a cópia masterizada, que deveremos ouvir uma das músicas
com seu Lyric Video no fim de maio, e o primeiro single com o vídeo no começo de Julho. O nome do álbum será anunciado no próximo dia 6. Vários instrumentos "estranhos" foram utilizados, como um duduk e instrumentos feitos de cristal. Os músicos, entretanto, são praticamente os mesmo, mas ela conta que além de Max, há uma nova Cellista. Falando sobre seus músicos, Tarja também conta que conheceu Mike Terrana em 1998, quando ambos estavam em suas primeiras tours com suas bandas (ela, no Nightwish) e que o via tocar seu solo praticamente todos os dias. Então, quando começou sua carreira solo, foi natural que o chamasse não só por seu talento mas por sua personalidade e o modo como ele entretém as pessoas - "E por sorte ele aceitou!". 

Sobre a escrita das canções, ela fala que não sabia nem por onde começar no inicio de sua carreira solo, e que cada vez escreve mais sozinha, ainda que aprecie os excelentes compositores que a ajudam neste processo. "Eu precisava dar meus passos de bebê para achar em meu coração que caminho eu queria seguir. Foi algo radical em minha vida, foi uma grande mudança... Eu sou uma cantora Clássica que nunca cantou só música clássica. Quando na universidade, aceitei cantar e uma banda de Metal e continuei com meus estudos até o fim, eu nunca deixei de cantar música clássica mas também nunca fiz só isso, e me pareceu muito estranho começar naquele ponto, deixar todo o rock para trás e ir para o clássico. Não significava tanto para mim a ponto de eu deixar tudo para cantar só música clássica, eu precisava achar minha própria música, e meu coração. E eu o fiz. Eu atravessei um inferno, mas eu precisava passar por aquilo, porque hoje eu já consigo ouvir aqueles dois álbuns (solo) e me sentir feliz com eles, pois são álbuns muito importantes para
mim, até para que eu possa progredir, e este terceiro álbum diz tudo, de modo que eu espero que possam escutá-lo e dizer "bem, isto é a Tarja". É definitivamente um álbum de rock, eu não o encaixaria no Metal, ainda que muito dinâmico."
Tarja ainda dá enfâse a como gosta de praticar e ter progresso brincando com sua voz, e até por isso ouve seus álbuns passados (inclusive os do Nightwish de vez em quando).
Quando perguntada se irá aos Estados Unidos, a Finlandesa comenta que adoraria, e que espera que algúm promotor finalmente se interesse em leva-la, pois é impossível, por mais que ela queira, ir sem o apoio de produtores. "Eu sinto falta dos meus fã lá. Tenho dito às pessoas para terem paciência comigo, pois não depende do artista ir ou não à algum lugar, é muito díficil..."
Sobre Naomi, a mamãe comenta como está sendo um prazer vê-la crescer e ver a personalidade dela se desenvolver, e que a prioridade é mantêr a pequena saudável, ainda que esta esteja se adaptando muito bem às mudanças climáticas.
Para fechar a entrevista, é perguntado se ela recebeu algúm tipo de proposta para voltar ao Nightwish, já que eles estão sem cantora permanente. Ela ri. "Não, não, sério, não acho que isso vá acontecer algum dia. Duvido muito a sério — profundamente, profundamente dúvido que vai acontecer, porque muitas coisas mudaram. Eu estou em um lugar muito bom no momento. Eu sou feliz, saudável, eu não estou olhando para trás — só estou caminhando para alguns tipo de sonhos meus e vivendo meus sonhos. Então eu acho que é melhor assim."