"Você gosta de trabalhar com a Orquestra de Zlin?" - foi a pergunta que deu ínicio ao bate papo de quinze minutos entre Tarja e o apresentador na Rock Max. Ela sorri. "Oh, é fantástico, sério! Eles tocam maravilhosamente, tem sido ótimo...Eles arrasam no rock e na música clássica, é muito fácil trabalhar com eles!"
Tarja segue falando sobre o Beauty and the Beat, e nos conta que quando contou a ideia a Mike, ele se empolgou muito: Eu estava sonhando com isso há algum tempo e quando falei com Mike ele tinha as mesmas ideias! Ele queria tocar com uma orquestra, e quando nós começamos a conversar ele disse que eu tinha lido seus pensamentos. Então nós fizemos um show em Plovdiv um ano atrás e decidimos que tinhamos que pôr essa projeto na estrada, e estamos nos divertindo muito".
Sobre a escolha de Zlin para a gravação, ela destaca como adorou o lugar, tanto em aparência ("é tão violeta! (...) eu nunca tinha visto um lugar tão roxo!") como em acústica, e como ter três shows esgotados facilita o processo, já que diminui o stress de ter que fazer tudo em uma só noite. O apresentador pergunta se ela já tinha tido três shows esgotados e a Finlândesa aproveita para falar sobre seus fãs na República Tcheca - "Na mesma cidade? Não, é a primeira vez (que temos três shows esgotados), é maravilhoso! Mas como disse, meus fãs aqui vêm crescendo nos últimos anos e eles são incríveis". Ela também destaca como gosta que este shows, claramente diferente dos de rock, tenham tantos espectadores, tanto fãs de rock como fãs de música clássica, já que o que ela tinha como um dos objetivos aproximar os jovens deste tipo de música.
A próxima pergunta é com relação á Doug Wimbish e seu estilo diferente no Living Color. Tarja responde falando um pouco sobre sua banda: Todos os músicos que escolhi para minha banda, escolhi por uma razão. Por exemplo, a maneira como Doug toca, não há outro baixista igual! Eu o adoro desde bem antes de começarmos a trabalhar juntos e tem sido uma honra tê-lo comigo. E claro, ele é uma pessoa incrível, tem um coração enorme, então é muito fácil trabalhar com ele, e muito legal de criar música com ele, minha música. Sempre dou bastate liberdade a Doug e vem funcionando bem. Se você pensar em mim, com minha bagagem tanto como cantora de metal como cantora lírica, eu tenho ambos em minha banda. Por exemplo, Max Lilja, que tocou com o Apocalyptica, uma banda Finlândesa de metal, mas tem treinamento clássico. E Mike, na bateria, que tem um jeito bem pesado de tocar, ou Christian que toca os teclados (...) eu o escolhi por sua completa atenção ás novidades e mudanças da música moderna, porque se você se distrai surgem novos sons e você se torna obsoleto, e ele está sempre atualizando suas bibliotecas e o modo como ele toca, ele é bem musical. Também tem Alex Scholpp, na guitarra, que tem tocado comigo desde 2007, eu o adoro! Ele toca tão precisamente... O que não quer dizer que ele não toque outros estilos de música! E é isso que eu tento fazer - juntar diferentes pessoas, com diferentes estilos. (...) Meus álbuns não tem todas as música iguais, não são todas metal ou o quê seja, elas são diferentes, como eu (...) e eu ficaria extremamente entediada se eu não pudesse fazer isso."
Tarja depois comenta sobre a Língua Tcheca, e como canta nela ás vezes. "É dificil de aprender?" pergunta o apresentador "Sim! Mas também dizem que Finlândes é dificil... Meu marido diz!" ela ri. " É claro que, eu, como cantora Lírica, aprendi a fonética de várias línguas, e eu falo, ainda que mal, cinco línguas". Também no assunto das linguagens, a Finlândesa conta que nas suas primeiras entrevistas ficava sempre muito nervosa em relação ao inglês, pois não queria cometer erros. "As pessoas na Finlândia são muito tímidas, e se ensina que não devemos errar (...) então muitos de nós temos dificuldade de falar por medo de errar. (...) Agora eu estou no mesmo processo com o espanhol, já que estou vivendo em Buenos Aires e estou dando, ou começando a dar, entrevistas em Espanhol... Mas eu já não ligo mais!".
Falando sobre as diferenças entre a Finlândia e a Argentina, Tarja diz que os Argentinos são bastante parecidos no aspecto da melâncolia com os Finlândeses, e que não fazem o tipo sulamericanos que se passa por aí. O apresentador comenta: Como o Brasil?" e Tarja sorri "Sim, sim, exatamente! É bem diferente do Brasil, dessa imagem de alegria e festa".
Para terminar, ela fala brevemente de seus anos de universidade, e como foi díficil arranjar tempo para estudar e se manter na banda, mas ressalta que sempre teve professores ótimos que a apoiavam e que isso a ajudou tanto na Finlândia como mais tarde, quando se mudou para a Alemanha, para terminar seu curso, em busca de novos ares.